segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Feiura da Beleza


Durante um almoço com o pessoal do meu serviço a conversa na mesa foi direcionada àquilo que está na cabeça da maioria do povo brasileiro nessa época: o Carnaval. Diversas pessoas contaram histórias de suas visitas a ensaios de blocos carnavalescos, declararam seu amor por uma escola de samba específica e contaram vantagem de quanto haviam bebido nesses eventos.
Eu já havia dado graças a Deus que ninguém havia entrado em detalhes mais específicos de suas peripécias imorais e que a discussão estava acabando, quando a mesa parou a conversa e olhou pra mim. Todos presentes sabiam de minha fé, já havia conversado explicitamente com a maioria sobre o evangelho e vi que eles notaram minha ausência na conversa.
(ELES) – “E você Daniel, nunca participou do Carnaval?”
(EU) – “Não.”
(ELES) – “Você já assistiu a algum desfile de Carnaval?’(EU) – “Não.”
(ELES) – “Poxa cara, a gente entende seu lado sobre sexo, a farra toda, a bebedeira, mas essas coisas não fazem parte do desfile. O desfile é BONITO. A BELEZA de um bloco é algo inquestionável! Não é?”(EU) – “Gente, é aí que vocês se enganam…”
A “beleza” do Carnaval é deturpada. O exemplo mais claro disso são os corpos femininos expostos (basta ver 3 segundos de comercial na televisão pra saber). A beleza feminina foi feita para ser usufruida dentro de um contexto específico, o casamento. Para ser apreciada pelo marido. Infelizmente, no carnaval, os corpos são expostos para TODOS verem, sem pudor. Sendo assim, a beleza feminina é a beleza deturpada mais óbvia presente no carnaval.
Segundo, todo bloco tem seu samba, seu enredo e através disso passa uma mensagem. Só que na maioria das vezes a mensagem é contraditória com aquilo que é pregado na Bíblia. Dificilmente se encontra algum tema bom entre as escolas de samba e a oportunidade de impactar milhares e milhares de pessoas positivamente é desperdiçada. Um de meus colegas argumentou dizendo que algumas escolas falam de ecologia, sobre a preservação da natureza, pois é criação de Deus, e o homem não tem direito de destruir a natureza, etc…
Agora reflitamos um pouco nisso. Se olharmos a cena com cuidado, veremos que a contradição é gritante! Imagine só, um monte de gente dançando e pulando, gritando, proclamando que devemos preservar a mata, os rios, os animais, pois a NATUREZA é criação de Deus! (okay, beleza, até aí aceito a mensagem). Só que, logo depois da transmissão dessa linda mensagem, os integrantes e os que assistiam participam e organizam os bacanais, a bebedeira desenfreada e uma miscelânia de outras atividades prejudiciais a sua saúde. Ou seja, o corpo deles, que é NATUREZA, que também é criação de Deus, é destruido por eles próprios (hipocrisia pura) sem ao menos pensarem duas vezes.
Não há nada de positivo no Carnaval. Não há nada de verdadeiramente belo no Carnaval. A única coisa pra qual o Carnaval pode ser útil é como expositor da Depravação Total do homem. Morno é o crente que assiste tudo isso e não enxerga como o mundo necessita de Cristo.
E é por isso que, para mim, criado e crendo na Palavra de Deus e suas verdades, só enxergo a feiura da beleza do Carnaval brasileiro.
Texto de Daniel Portela

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