sexta-feira, 29 de maio de 2009

Presbiterianos no Jornal Nacional

O Jornal Nacional começou a apresentar, a partir de terça-feira (26/05), uma série de reportagens sobre obras sociais de algumas das dezenas de igrejas evangélicas presentes no Brasil, entre elas a Igreja Presbiteriana.

“Com o Lutero, você vai ter toda uma nova teologia muito calcada na interpretação, na leitura da Bíblia. Você tem que assumir para você que está tudo ali na Bíblia. As suas orientações estão na Bíblia para a sua vida”, declara a socióloga Maria das Dores Machado. E está lá escrito: a missão dos cristãos é divulgar a palavra de Deus mundo afora. Os presbiterianos foram para Dourados, no Mato Grosso do Sul, em 1928, para levar o Evangelho, com autorização da Funai, para a maior aldeia do Brasil. A Igreja Presbiteriana tem origem no Século 16, está no Brasil desde 1859 e tem hoje 980 mil fiéis. É conhecida por reforçar os valores éticos e morais. Na missão Caiuá, um hospital só para eles. Também uma escola, com ênfase evangélica.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

PORQUE JESUS NOS LEVA PARA O MONTE?

PORQUE JESUS NOS LEVA PARA O MONTE? - LC 9:28-36
Os montes, na história bíblica, são referenciais do poder, da magestade, da provisão, da comunicabilidade, do juízo, da estabilidade, da eternidade, da redenção, da comunhão de Deus (Sl 24:3-56). Falar de montes como Sinai (Moisés...) e Horebe (Elias...), dentre outros, é falar de um Deus que intervém na história humana permanentemente chamando o homem a Si mesmo. Ele quer nos levar hoje, em Cristo, para o MONTE DA SUA COMUNHÃO. Por quais razões Deus faz isto?
I – PORQUE ELE QUER PARTILHAR A SUA INTIMIDADE CONOSCO (v.28)
1. O contexto da intimidade: a transfiguração foi uma experiência de intimidade que incluiu: tempo exclusivo (v. 28), pessoas exclusivas (v. 28) e motivação exclusiva (v. 28.).
2. O desafio da intimidade com Jesus hoje exige: priorização – tempo específico e apropriado para um encontro diário com Ele; reclusão – precisamos de um “monte” = “lugar de quietude”; qualificação – é preciso buscá-LO por causa Dele mesmo e não por causa de nossas necessidades...
II – PORQUE ELE QUER MANIFESTAR A SUA GLÓRIA CONOSCO(v. 29)
1. A glória se manifesta na oração (v. 29); A visão da glória só é acessível àqueles que pagam o preço de uma vida vigorosa de oração.
2. A glória se manifesta na face de Jesus (v. 29; Mt 17:2; Jo 1:1, 14; Hb 1:1-3); Jesus é a expressão exata da glória divina, conhecê-LO significa conhecer a glória divina.
3. A glória se manifesta nas vestes de Jesus (v. 29; Mc 9:3); Tocar nas vestes de Jesus significa tocar no próprio Jesus (Mc 5:28; Lc 8:44). Experimentamos esta maravilha hoje através da fé...
4. O desafio da glória hoje: só uma intimidade crescente com Jesus nos leva para a visão de Sua glória – Seus doze discípulos tinham algum nível de intimidade com Ele, mas só os três mais íntimos presenciaram Sua transfiguração.
III – PORQUE ELE QUER NOS LEVAR PARA A SUA CRUZ (v. 30-31)
1.A Cruz foi verbalizada por Moisés (representante da Lei) e por Elias (representante/profetas) (v. 30-31); Moisés e Elias falaram com Jesus da Sua “partida” = “êxodo” = assim como Moisés, pelo poder de Deus libertou o povo do Egito, Jesus pela Sua cruz nos liberta da escravidão do pecado. Na lei de Moisés o cordeiro era oferecido para sacrifício pelos pecados; Jesus, no NT, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Os profetas, igualmente, falaram do Messias salvador – Jesus (Is 53:7).
2. A cruz foi cumprida em Jerusalém (v. 31;Lc 9:51, 53); “Está consumado” (Jo 19:30)
3. A Cruz que é o único canal da intimidade e da glória de Jesus (Hb 10:19-23); O caminho do conhecimento de Jesus é a Sua cruz.
4. O desafio da cruz hoje é a santidade: ir à cruz, praticamente, significa morrer para os nossos pecados vivendo uma vida coerente com o Evangelho de Jesus: “Eu continuei com minha busca de mais santidade e conformidade com Cristo; o céu que eu desejava era o céu de santidade” (Jonathan Edwards).
CONCLUINDO, que reações devemos ter à intimidade, à glória e à cruz do monte?
1. Superação dos obstáculos que nos distanciam do “monte da comunhão” (v. 32 – “sono”).
2. Valorização da experiência de comunhão (v. 33 – “bom é estarmos aqui”).
3. Submissão à vontade de Jesus (v. 35-36 – “este é o meu Filho eleito, a Ele ouvi”) – na nuvem, que simboliza a presença de Deus (Ex 40:34-35), Moisés e Elias desaparecem ficando apenas Cristo porque Ele é o pleno cumprimento da Lei e dos profetas (Dt 18:15, Dn 10:5-9), a última e definitiva revelação divina que precisa ser conhecida, obedecida e divulgada. Que você se sinta atraído cada vez mais por esta presença santa de Jesus no monte da comunhão, é o meu desejo sincero!
Por Pr. JAIR FRANCISCO MACEDO –
jajamacedo@hotmail.com

terça-feira, 26 de maio de 2009

O EVANGELICALISMO MODERNO E O DESPREZO PELAS ESCRITURAS

Por Rev. Flávio Cosme Martins
Vivemos dias de profundo desprezo pela Bíblia. Mesmo que haja por parte de alguns pastores certo interesse pela leitura dEla, ainda assim as orientações são para uma leitura superficial ou supersticiosa. Não é preciso recorrer às entidades de pesquisa para perceber que os cristãos lêem menos as Escrituras hoje em dia. As justificativas são as mais variadas, desde a falta de tempo ao esculachado descaso por Ela. Há uma crise grave de falta de credibilidade àquilo que Deus disse em Sua Palavra. Dá-se mais credibilidade ao que homens falhos pregam do que às Palavras do Todo-Poderoso. Em nossos púlpitos há uma clara psicologização na interpretação das Escrituras com o objetivo de levar os ouvintes a um curto período de emoção. Sem falar no alegorismo veementemente combatido pelos reformadores. Em muitos cultos quase já não se lê mais a Bíblia. A tônica está nos cânticos, danças, testemunhos, curas, orações de poder, exorcismos, etc. O público incauto acorre cegamente para esse tipo de ajuntamento em busca de diversão espiritual, mero oba-oba. Os sermões, se é que pode chamar aquilo de sermão, não passam de fracas elucubrações humanas sem nenhum conteúdo bíblico, desprovido de poder do alto, apenas servindo para entreter um público cada vez mais morto espiritualmente. Quem vai ali em busca de salvação não encontra mais do que passatempo. A Palavra de Deus foi escanteada, suprimida, abafada! Nunca se leu tão pouco a Bíblia. A situação se assemelha à Idade Média, estamos vivendo uma nova “era das trevas”. A cegueira espiritual dos nossos dias é nítida. Pastores e igrejas em suas práticas simplesmente desencorajam suas ovelhas em ler a Bíblia. Na verdade, há um certo interesse na ignorância. A falta de informação é a melhor forma de enganar e escravizar. O pior cego espiritual é aquele que procura enxergar através de “visões espirituais”, que em sua totalidade são visões espúrias, falsas revelações de falsos crentes. Onde iremos parar, só Deus sabe! Mas certamente podemos concluir, por lógica, que a igreja está à bancarrota – pelo menos em seu aspecto humano. E é aí que mora o perigo! Quando escolhemos não ler as Escrituras Sagradas abrimos as portas para as idéias e práticas humanas e diabólicas. A igreja se mundaniza, torna-se pagã e Deus se afasta dela. Tornamo-nos rebeldes, o Espírito Santo se entristece e se retira. Nossas orações não serão ouvidas, nossos ouvidos tapados para ouvir a voz de Deus, Ele também se retirou! É isso o que acontece quando negligenciamos a reflexão à Palavra de Deus. Precisamos voltar a um princípio fundamental da Reforma do século XVI: Sola scriptura. Somente a Bíblia deve reverberar em nossas almas como Palavra Divina e suficiente para nossa salvação e santificação. Os líderes precisam urgentemente fazerem uma alto-análise, incluindo seus ministérios, reconhecerem seus pecados de negligencia e voltarem o mais de pressa à exposição fiel da Palavra de Deus.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Igreja Reformada

Com certeza já ouvimos a expressão “somos uma Igreja Reformada” ou “precisamos reformar a nossa Igreja”. Porém, o que muitas pessoas não sabem é o que de fato significa ser reformado ou reformar a igreja. Muitos pensam que reformar significa “inovar”, dando abertura à criatividade doutrinária, metodológica e cúltica. Para esses, reformar tem a ver com uma liturgia carregada de coreografia, uma teologia carregada de misticismo e um comportamento cheio de gestos e posturas que cheiram mais ao paganismo do que ao cristianismo ensinado e praticado por Jesus Cristo nos evangelhos. Para muitos, a reforma tem a ver com inovações, trazendo para dentro da igreja uma teologia contextualizada, que consiga responder aos anseios do povo. Aliás, esta era a tese do Liberalismo Teológico do Século XIX. Idéias fundamentadas numa filosofia puramente antropocêntrica, porém, muito distante do protestantismo Cristocêntrico. Contudo, quando se olha para o Movimento da Reforma do Século XVI, não é isso que se percebe, visto que a grande luta de Martinho Lutero foi combater exatamente esse tipo de inovacionismo que estava correndo com a igreja cristã de então, trazendo heresias das mais absurdas para dentro dela. Lutero percebeu que reformar não era inovar a sua teologia ou a sua liturgia, mas sim, restaurar e redescobrir aquilo que havia se perdido no decorrer de séculos de trevas, quando a Bíblia já não era mais o fundamento doutrinário da igreja e sim tradições resultantes das decisões dos concílios. Logo, o que se consumou como Reforma Protestante no século XVI não foi um movimento inovador, mas restaurador, uma volta às origens, um retorno à Palavra de Deus. Uma das grandes descobertas da Reforma Protestante foi a “sola Scriptura”, que era um retorno exclusivo à Palavra de Deus e a ela somente. O objetivo era a pregação e a exposição da Escritura Sagrada, ensinada, lida e vivida como a única regra de fé e de prática, como alicerce sobre o qual devem se fundamentar todas as decisões. É preocupante quando se percebem pessoas buscando inovações, baseadas em movimentos carismáticos, pentecostais e neopentecostais, muitos deles importados de outros países, que nada mais são do que invenções de homens que se dizem receptores de uma nova revelação de Deus, mas que de Deus e de Sua Palavra nada têm. Reformar é necessário, e este era o lema de Calvino: “Igreja reformada, sempre se reformando”, porém, é necessário entender que essa reforma não é inovação, modernização do conteúdo da fé, mas sim restauração do entendimento desse conteúdo, e isto implica em olhar para frente compreendendo o que a relação em Cristo nos legou. Assim, a questão não se impõe com novos métodos, mas sim, com o velho método, que faz voltar à Palavra, extraindo dela aquilo que de fato ela ensina. A Palavra é a referência. Cremos que a vida cristã é dirigida pela Palavra de Deus, por isso, devemos estar produzindo reforma e, acima de tudo, estarmos sendo, nós mesmos, reformados, a fim de sermos bem sucedidos. Essa foi a promessa de Deus e é o Seu desejo, conforme falou por Josué ao Seu povo: “Não cesses de falar deste livro da lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” (Js 1.8).
Por Rev. Carlos Alberto Henrique
O Rev. Carlos Alberto Henrique é Capelão Institucional
do Instituto Presbiteriano Mackenzie.